Na edição de ontem, o Diário de Petrópolis mostrou que o preço do gás natural veicular teve um salto de 85% nos últimos cinco anos, um crescimento 2,6 vezes acima dos índices inflacionários. Apesar disso, no entanto, o combustível segue competitivo, de acordo com estudo feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
A Firjan analisa que a competitividade do GNV não deve ser medida apenas pelo preço na bomba dos postos, uma vez que os ganhos econômicos e sociais para a sociedade são consideráveis. “É importante considerar, na conta, variáveis como eficiência de consumo, investimentos e benefícios econômicos e sociais”.
O texto lembra que o GNV tem valor até 60% mais barato em relação ao etanol e à gasolina, e destaca que, apesar do preço do GNV na bomba ter aumentado, os preços dos demais combustíveis também subiram. Outra vantagem apontada para o consumidor é o desconto no IPVA até dezembro deste ano nos veículos convertidos, com a alíquota reduzida de 4% para 1,5%.
Indicadores de competitividade
De acordo com o estudo da Firjan, para se levar em conta a competitividade do GNV, devem ser considerados o preço do combustível; a eficiência da utilização, ponderada por quilômetros (km / m³ para o GNV e km / l para gasolina e álcool combustível); os investimentos para a instalação do kit GNV e incentivos, como o IPVA.
Segundo o levantamento da Firjan, na eficiência de utilização, o GNV consome R$ 0,20 por quilômetro, enquanto o etanol consome R$ 0,45, e a gasolina, R$ 0,52. Isso quer dizer que, enquanto se faz 10 quilômetros com R$ 2 de GNV, precisa-se de R$ 5,20 de gasolina ou R$ 4,20 de etanol. No pior cenário de competitividade para o GNV (encontrado na cidade de Araruama), o gás natural foi entre 35% e 45% mais barato que a gasolina e o álcool.
Recuperação econômica
A Firjan destaca que, considerando os benefícios e que o motorista rode cerca de 500 quilômetros por mês, o consumidor economiza algo entre R$ 2,8 mil e R$ 3 mil em um ano ao utilizar o GNV. Isso equivale a 70% do custo de instalação do kit, e permite que o consumidor utilize os recursos para outros fins, como educação e lazer. Este ponto é destacado pela Federação das Indústrias como “necessários neste momento de recuperação econômica do Estado”.
De acordo com a Firjan, o momento é de “encontrar sustentabilidade na oferta e no consumo, estimulando o mercado de gás natural no Rio”.
Fonte: Diário de Petrópolis